Oeste

Apesar do tempo nos confundir um bocadinho (e às laranjeiras- as da avó do N. conseguem a proeza de já terem fruta grada e de ao mesmo tempo estarem em flôr), lá veio o sol. E nestes dias de "férias", soube mesmo bem. A B. fez anos e orgnizou um piquenique no Parque das Caldas (que boa ideia!). No mesmo Parque fui ainda à feira de antiguidades (que existe todos os segundos domingos do mês), vi muitos objectos vividos, alguns dos quais intrigantes, como uma caixinha de 1900-e-pouco, com uma carta cordialíssima dedicada a uma menina-moça, uma flor seca e uma fotografia do senhor que a escreveu, tudo disposto com tanto cuidado, a sugerir uma história de amôr um pouco estranha, dada a disposição mórbida da caixinha - não estava alegre! Tenho um duplo sentimento em relação a estas transações, por um lado intriga-me a razão pela qual vão parar ali, por outro, acho interessante a sua reutilização/renovação/reciclagem em vidas outras que não as dos seus iniciais pertencentes. Acabei por comprar livros de Direito (Ultramarino, Corporativo e de História do Direito, de tempos idos, é claro, mas que estou cheia de curiosidade em ler).