A "Irmandade das amoras" juntou-se novamente este fim-de-semana e juntou ao seu título "e dos tomates".
A Dona Isolina deu-nos vários quilos de tomates e nós aproveitamos para fazer doce com a receita da avó São.
Receita de Doce de Tomate da Avó São:
1. Pela-se os tomates, o que se faz pondo uma panela com água ao lume. A água ferve e vamos pondo os tomates aos pares, quando a pele começar a enrugar, retira-se com um garfo e retira-se a pele. No final de estarem todos pelados:
2. Retira-se as sementes e a água dos mesmos, o que se faz cortando os tomates ao meio, na horizontal, e expremendo-se para o recipiente onde se deixou as cascas;
3. Pesa-se a massa dos tomates que ficou, mete-se numa panela;
4. Junta-se açúcar louro (amarelo), na proporção da quantidade de massa que se tem, "roubando" um quilinho, no nosso exemplo, tínhamos 5,5kg de massa de tomate e juntámos 4kg de tomate;
5. Acrescenta-se pauzinhos de canela, no nosso caso juntámos 7 paus;
6. Vai ao lume, brando (nós pusemos nas brasas);
7. Vai fervendo... e mexe-se volta e meia;
8. Quando tiver com "cor de doce" (outra vez aquele empirismo que se ganha com a experiência), retira-se do lume e retira-se os paus de canela;
9. Tritura-se o tomate;
10. Volta-se a por ao lume, mexendo mais vezes (cuidado que o doce vai saltando);
11. Quando tiver no ponto (i.e., quando o doce que fica na colher de pau não escorregar muito rapidamente - a minha avó quando não tem a certeza mete um bocadinho numa taça e deixa arrefecer para ver como está a textura), retira-se do lume;
12. Mete-se dentro dos frascos... e só se tapa quando arrefecer...
Deu tantos tantos que vamos oferecendo alguns.... A Dora ofereceu-me um pote destes (obrigada! é todo um conceito :P! como sempre, muito atenta!!!!) que tem um sistema de tampas que permite a pasteurização... quanto às etiquetas, adoro as d'Il Papiro que trouxe de Roma no ano passado...
Para quem perdeu esta oportunidade, ainda haverá doce de pêra rocha, de abóbora e ralvez de ameixa... é favor de acordar mais cedo:)!
